Estou doente. Tenho medo. Tenho um problema cardíaco. O meu coração salta descompassadamente. Um ataque cardíaco iminente? O que se passa comigo? Não compreendo. Sinto o sangue a correr mais rapidamente e até parece transbordar para fora dos vasos, fazendo latejar cada articulação, fazendo sobreaquecer cada poro. O sistema nervoso aparenta também estar comprometido. Fico sem saber pensar. Sem capacidade de reagir aos estímulos captados pelos nervos aferentes. Instantaneamente, o corpo só tem uma reacção, fugir. Fugir de ti. A minha doença parece estar intimamente ligada a ti. Tenho medo. Não percebo esta doença. Será alguma reacção química ou biológica entre os nossos organismos? Estranhamente, quando não te vejo, todos estes sintomas desaparecem, mas são substituídos por outros. Se quando te vejo só penso em fugir, quando não te vejo só penso em te ver. Horas a fio a pensar. Noites em branco a pensar. Como se isso não bastasse, o meu estômago fica a remoer, constantemente. Mas porquê? Aparentemente, o sistema digestivo também foi afectado. Esta doença tirou-me o apetite e todo o alimento parece ter o mesmo sabor. Que doença é esta? Tenho medo. Terá cura?
SCC
13/7/07
Friday, July 13, 2007
Wednesday, July 11, 2007
Temerei?
Atiro-te para os braços do mundo, quando sei que são os meus que precisas. Deixo-te ao relento, sem niguém, a sofrer. Não vejo, não mostras, mas imagino, mas sei. E sofro também ao ver o teu sofrer. Mas é a melhor alternativa. A única alternativa. Porque.. Porquê? Pensei saber. Mas agora não compreendo. Aquele olhar, aquele toque. Evitar aquele abraço, evitar aquele carinho. Como se nada houvesse.
Quis que me esquecesses. Agora temerei que o faças? Ainda pensas em mim quando ouves aquela música? Quando vês aquela parte do filme? Quando saboreias, sem ninguém, o pôr-do-sol? Antes de descansares nos teus sonhos mágicos de contos de fada?
E porque me questiono agora? Porque não te quero ver sofrer? Devo ter a resposta guardada nesta caixinha vital, onde tu, talvez, sempre estiveste. Terei medo dessa resposta? É uma questão de mergulhar no meu silêncio com alguma coragem. Não merecerei o teu amor? Ou serás tu que não mereces o meu? Tudo não será melhor se estiver contigo? Sempre deixo de ser só eu.
Não tenho mãos nos teus pensamentos, que atropelam os meus raciocínios intermitentemente. E não percebo porque não podemos simplificar, quando é a simplicidade que desembaraça os novelos do nosso mundo. Amo-te? Tu amas-me. Eu sei, tu sabes, todos sabem. Porque tu fazes questão que se saiba. Não tens medo? Eu... Eu não sei. Não saberei mesmo? Então porque te digo que te amo?
SCC
9/7/07
Quis que me esquecesses. Agora temerei que o faças? Ainda pensas em mim quando ouves aquela música? Quando vês aquela parte do filme? Quando saboreias, sem ninguém, o pôr-do-sol? Antes de descansares nos teus sonhos mágicos de contos de fada?
E porque me questiono agora? Porque não te quero ver sofrer? Devo ter a resposta guardada nesta caixinha vital, onde tu, talvez, sempre estiveste. Terei medo dessa resposta? É uma questão de mergulhar no meu silêncio com alguma coragem. Não merecerei o teu amor? Ou serás tu que não mereces o meu? Tudo não será melhor se estiver contigo? Sempre deixo de ser só eu.
Não tenho mãos nos teus pensamentos, que atropelam os meus raciocínios intermitentemente. E não percebo porque não podemos simplificar, quando é a simplicidade que desembaraça os novelos do nosso mundo. Amo-te? Tu amas-me. Eu sei, tu sabes, todos sabem. Porque tu fazes questão que se saiba. Não tens medo? Eu... Eu não sei. Não saberei mesmo? Então porque te digo que te amo?
SCC
9/7/07
Saturday, June 30, 2007
Quando o sol se põe
Aquele Adeus. Aquele adeus que não questiona. Um ciclo vicioso interminável. Interminável? Amanhã voltarás? Amanhã deitarás de novo no horizonte?Sol que nasce, sol que aquece, sol que queima, sol que se põe... e há-de voltar a nascer. Morres todos os dias, com a certeza de voltar?Amanhã dizer-te-ei Adeus? És tu que vais ou sou eu que fico? Ficarei? Com que certeza? Nenhuma. Hoje acordei e já me aquecias. E lembro-me, agora, que te esquecia. Tu, fonte de vida, fulcral e insignificante, como tanto mais que me rodeia e me esqueço de valorizar, de amar. E se amanhã és tu que ficas e eu que vou? Se eu for e não voltar? Não quero ir sem te ter amado. Porque um dia deixar-te-ei, ou então, serás tu a deixar-me. Mas quando chegar o dia em que não voltarei a ver-te recolher no horizonte, envolvido em beleza que dispersa, lembrar-me-ei, de tudo! E lembrar-me-ei que tudo amei, ou ao menos, em cada dia esforcei por amar. Porque o que é fulcral jamais poderá ser esquecido, jamais poderá ser insignificante. Amanhã quero te ver de novo. E quando gritares a tua beleza, tão única, à hora do Adeus, espero lá estar. Dizer-te-ei Adeus e saberás o meu desejo mais profundo, o de ter amado hoje o máximo, e o de puder, amanhã, amar ainda mais.
SCC
30/6/07
SCC
30/6/07
Friday, June 22, 2007
Um dia Perfeito
Acordar depois das 10h, turn-on the radio, enroscadinha nos lençóis. Meia hora depois, decidir sair da caminha e, ao ritmo de um bom som, dar unz pezinhos de dança, ainda de pijama. Hmm... porta do quarto fechada, som quase ao máximo, os meus pés a saltitar no friozinho do chão de madeira. Ir à janela, olhar para a minha serra, onde está o meu palácio, e esboçar um ganda smile enquanto o dia me diz "bom dia" com um mimo de brisa matinal que me desalinha, ainda mais, o cabelo. Sair do quarto, dar um kiss de bom dia aos meus Papis. Beber um sumo de laranja natural, de 3 laranjas (e são quinze minutos a espremer laranjas ao som de uma boa música... só good vibes!) , com duas torradas quentinhas. Passar um dia aparvalhado com os meus amigos do coração. Muita alegria e animação, é de partir o côco a rir! Ai que fixe, é só love a fluir! À hora do pôr-do-sol, na minha varanda, ver aquele paraíso tão meu. O palácio, a serra, a minha estrela que aparece já a essa hora. Todo este quadro envolvido num céu de vários tons de azul, atropelado por nuvens cinzentas brilhantes, com um leito laranja torrado. Nem sei descrever o que sinto quando, a essa hora, por vezes, o meu cantinho deste céu se veste de rosa e lilás. Em que o firmamento passa a ser composto por camadas apaixonantes de algodão doce. Relax! Não ha momento melhor para meditação! Hmm.. Pegar na guitarra e fazer sair notas de músicas que me tocam a alma, músicas que me fazem sorrir, ou simplesmente aquela mais nova que aprendi. Music is my life! Depois de uma boa janta com a famelga, em que a paródia é sempre bem vinda, voltar ao meu cantinho. Pôr aquela musiquinha calma que aquela hora pede e sentar na minha secretária, onde, teoricamente, também se estuda. Uma folha do caderno, a caneta preferida do momento e deixar fluir, o interior ou a imaginação. So good, just loving it, deeply! É indispensável, antes de ir para a caminha e ler um bom livro, ir, de novo, visitar o meu paraíso, o meu céu. O meu céu tem um palácio, uma lua, uma serra e dez estrelas (sim, a esta hora são mesmo dez estrelas). E sorrio, e agradeço. E aquela brisasinha, bem mais fresca que a outra, me acarinha e me deseja "boa noite". Até amanhã!
SCC
22/6/07
SCC
22/6/07
Thursday, June 21, 2007
Desconhecidos
Um encontro inesperado. Dois olhares que se encontram no meio da multidão. Perfeitos desconhecidos. Fascinados. As pessoas passavam por eles e eles lá estavam, parados, enfeitiçados. Ele ia buscar o carro e ela tinha um café combinado. Nenhum dos dois desviava o olhar. Ele imaginava. Com o olhar ainda fixo no dela, tinha dado o primeiro passo. Estava agora a um passo dela. A vontade de beijar alguém nunca foi igual. Ela deu meio passo em frente... E aconteceu o beijo mais desejado, e inesperado da vida dele. Abriu os olhos. E acordou do sonho. Ele continuava com as chaves do carro na mão e ela continuava do outro lado da rua, os olhares permaneciam presos. Ela pensou em esboçar um sorriso. Mas em vez disso, fechou os olhos e virou-se. Decidiu desistir e afastava. Ele, num ímpeto, começou a correr, afastando a multidão. Quando a alcançou, tocou no seu ombro (não sabia o que fazer para além disso). Ela voltou-se para ele e, uma vez mais, trocaram aquele olhar. Após um infindável silêncio, ela sorriu e disse: "Vai me beijar ou...". Ele interrompeu-a...
SCC
20/6/07
SCC
20/6/07
Falamos de amor
Olho para o dia de ontem e fico admirada comigo própria. Amor de ontem, que tentei enterrar. Ficou enterrado aos olhos do mundo. E começo a acreditar que de facto te enterrei. É isto a que se pode chamar de Mentira Perfeita?! Aquela mentira que até é capaz de empurrar para o fundo aquelas borboletas que ousam cambalear efusivamente dentro de mim quando estou contigo. Falamos de amor. Porque é amor que sentimos. Para ti, deve ser sorrir, abraçar, partilhar, e sim, confiar. Para mim, o que será? É o teu sorrir, a tua paz, o teu toque, a tua atenção, o teu perfume... tu e eu, juntos. Gostava de poder fazer parar o tempo, voar contigo até ao mais belo pôr-do-sol, num céu azul rasgado de laranja, e dizer-te que te amo. Dizer-te que preciso de ti, que te quero, que tenho forças para lutar por tudo neste mundo, mas que és tu, tu o único objectivo do meu lutar. Quero que pegues na minha mão e passeies, sorridente, feliz, comigo por aquele prado de verde denso com florzinhas cor-de-rosa e lilás. Paramos no tempo, nada mais importa. Abraçados, em silêncio, apenas os nossos olhares se alimentam mutuamente. E falamos de amor. Porque é amor que sentimos.
SCC
20/6/07
SCC
20/6/07
Intro
Este blog foi criado para testar os meus dotes para a escrita, à qual nunca me dediquei propriamente. É também, uma tentativa de fuga da realidade, da fachada que todos aparentamos ser... Um tentar encontrar a subtilidade do meu verdadeiro eu (uhh..). Espero que não resulte num blog muito obscuro e triste. Pois, aparentemente, só sei "escrever" quando assim estou... ou nao! Talvez, também me dedique a inventar histórias mágicas e belas... Qualquer erro gramatical ou crítica... estejam à vontadiii!
:D
Kiss
:D
Kiss
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